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Assessora percorre 10 mil km por mês para encontrar pessoalmente seus clientes

Mariana Bergamini, assessora de investimentos na Blue3

Ela foi bancária por nove anos em dois grandes bancos tradicionais. Mas deixou os benefícios de funcionária de lado para ingressar em 2017 na Blue3 Investimentos.

Mariana Bergamini, 35 anos, é assessora de investimentos na unidade do escritório em Ribeirão Preto (SP). Ela hoje participa do time de Private, ou clientes de alta renda da empresa, tendo sob sua gestão R$ 750 milhões.

“Eu vi uma oportunidade”, diz. “A minha virada de chave era poder fazer para o cliente o que era melhor para ele, e não mais pela marca do banco que representava”, conta.

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Primeiro emprego

Formada em ciências contábeis e pós-graduada em gestão de pessoas e liderança, ela começou a trabalhar aos 14 anos na cidade de Batatais, interior de São Paulo. No sindicato rural local viu uma vaga de emprego numa empresa de implementos agrícolas.

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Lá, começou como secretária e, logo depois, começou a fazer parte da área financeira dessa empresa. “Estruturei toda a parte financeira”, afirma. Nesse emprego, uma de suas tarefas era ir ao banco dar cabo a assuntos relacionados a sua área de atuação.

Quando chegava à agência, disse que seu sonho de trabalhar em um banco a despertava. Até que com menos de 18 anos se tornou funcionária do Santander na sua cidade. Pouco tempo depois, foi promovida e tornou-se gerente de alta renda do banco em Franca, vizinha de Batatais. Passados dois anos, foi para o HSBC, depois de receber proposta para ser gerente premier.

Assessor é empreendedor

“O perfil de assessora de investimentos é empreender. Tinha todos os benefícios de um CLT no banco. Tinha horário de entrar e sair. Horário de almoço. Quando vim para Blue3 era outra mentalidade”, conta.

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“Gosto muito de empreender e criar minha carteira. Então, aqui, na Blue3, tive condições de criar meu negócio”, diz. “Quanto mais se trabalha, mais se ganha. O resultado é na mesma proporção”, ressalta.

“Quando a gente vem do banco, não sabe quase nada de investimentos. Quando cheguei aqui quis aprender de tudo e tive um mar de oportunidade”, afirma.

Nicho de clientes

Hoje, ela atende especialmente um nicho de clientes. “Em 2018, estruturei um projeto de assessoria para as Unimeds, com gestão de caixa livre e reserva técnica voltada para as singulares (unidades)”, explica. Além do atendimento às unidades independentes da operadora de saúde, ela também trabalha para os cooperados da prestadora de serviço.

“Isso represente boa parte de minha carteira e é um segmento que tenho muito respeito”, diz. Como as unidades que a assessora atende se espalham por cidades do interior de São Paulo e Minas Gerais, ela roda de 8 mil a 10 mil quilômetros por mês de carro, sozinha, para visitar esses seus clientes.

“Tem bastante gente. A carteira é grande e pesada. Mas o diferencial de ir até eles é a proximidade e o relacionamento de confiança que se cria”, ressalta.

Atendimento dia e noite

“O cliente private é totalmente personalizado, focado. O cliente exige algo a mais. Tem que estar capacitado tecnicamente e super disponível”, pontua.

“A maioria de meus clientes eu falo antes de começar o dia, às 6 horas da manhã, ou à noite, muitas vezes no final de semana”, conta. “Isso não é problema para mim. Amo o que eu faço”, acrescenta.

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Para Mariana Bergamini, o grande desafio da transição da carreira foi deixar os benefícios de CLT quando trabalhava em banco para empreender. “Assessor é um autônomo e responsável pela construção daquilo que faz”, afirma.

Sobre o fato de percorrer até 10 mil quilômetros em um mês para estar cara-a-cara com seu cliente em vez de fazer uma videoconferência, ela diz que nada substitui “chegar, cumprimentar, dar um abraço no cliente, sentar e tomar um café com ele – faz muita diferença”.

“Tem muitas coisas que se resolve muito bem online, mas os laços que se cria quando está na frente do cliente, se aproveita muito. O tempo é muito mais rico”, afirma.

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