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Ibov nas máximas, Selic a 15% e o método Buffett no Brasil; veja destaques da semana

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve a taxa Selic em 15% ao ano, em linha com as expectativas do mercado. A decisão reforça o compromisso do Banco Central em sustentar uma política monetária restritiva por mais tempo, buscando garantir que a inflação continue convergindo para a meta.

O comunicado pós-reunião destacou que a taxa deve permanecer elevada por um “período prolongado”, enquanto as próximas leituras de inflação e atividade devem indicar se o aperto atual já está surtindo efeito. Para 2026, a expectativa é de que o ciclo de cortes se consolide, permitindo uma redução gradual da taxa de juros.

Renda fixa segue atrativa com juros altos

Com a Selic em 15%, a renda fixa continua em evidência como uma das classes de ativos mais atrativas. Os títulos atrelados à inflação (IPCA+) seguem com taxas reais elevadas, oferecendo boa proteção contra a perda do poder de compra e perspectiva de ganhos consistentes.

Para investidores que priorizam liquidez, os papéis pós-fixados permanecem sendo a principal alternativa, já que se beneficiam diretamente dos juros altos. Já os prefixados começam a ganhar espaço, refletindo o otimismo de parte do mercado com o início de um ciclo de cortes no próximo ano.

XP amplia exposição em ações brasileiras

O time de alocação da XP Investimentos ajustou as carteiras recomendadas para novembro, aumentando em 2,5% a exposição à renda variável no Brasil. A decisão reflete uma visão mais construtiva para o mercado acionário, em meio à melhora das perspectivas econômicas e à recuperação das bolsas globais.

O movimento foi equilibrado com uma redução equivalente em crédito privado pós-fixado, dentro das estratégias moderada e sofisticada. A XP entende que o momento favorece uma maior diversificação com ativos de maior potencial de valorização, sem abrir mão da gestão prudente de risco.

Fundos imobiliários: oportunidades em destaque

O evento Superclássicos de FIIs reuniu gestores e analistas para discutir as principais oportunidades do setor imobiliário em 2025. Entre os segmentos mais promissores estão os fundos de shopping centers, logísticos, de papel e infraestrutura, que devem se beneficiar da expectativa de queda dos juros.

Com o ambiente de crédito mais controlado e maior previsibilidade macroeconômica, o mercado de FIIs tende a se valorizar. A XP reforça que esse pode ser um bom momento para investidores que buscam diversificação e renda recorrente com foco no longo prazo.

Temporada de balanços traz resultados mistos

A Vale (VALE3) reportou resultados dentro do esperado para o terceiro trimestre, com EBITDA ajustado de US$ 4,4 bilhões, refletindo estabilidade na produção e nos preços do minério de ferro. A XP manteve recomendação neutra para a ação, em razão de uma visão cautelosa sobre o mercado global de commodities.

Já o Itaú (ITUB4) apresentou outro trimestre sólido, com lucro líquido recorrente de R$ 11,9 bilhões. O desempenho reforça a consistência operacional do banco, que segue se destacando pela eficiência e previsibilidade em um cenário de incerteza econômica.

Ibovespa renova máxima histórica

Após um início de mês marcado por correção, o Ibovespa encerrou outubro em forte recuperação, atingindo nova máxima histórica em reais. O movimento foi impulsionado por fluxo estrangeiro, expectativas de corte de juros e melhora do apetite global por risco.

A XP mantém seu preço-alvo para o índice em 170 mil pontos até o fim de 2026, destacando que o valuation da bolsa brasileira ainda é atrativo. Com o Ibovespa sendo negociado a 9,3 vezes o lucro projetado, o cenário segue favorável para quem busca oportunidades em renda variável.

Black Friday: como aproveitar as melhores ofertas

A Black Friday 2025 será no dia 28 de novembro e deve movimentar fortemente o varejo. O evento é uma das principais datas do calendário de consumo e costuma antecipar parte das compras de Natal, com consumidores em busca dos melhores preços e condições de pagamento.

Para aproveitar as promoções com segurança, especialistas recomendam comparar valores com antecedência, evitar compras por impulso e observar a reputação das lojas. Planejamento e pesquisa continuam sendo as principais estratégias para garantir economia real.

Metodologia Buffett: funcionaria no Brasil?

Warren Buffett é um dos maiores investidores da história, conhecido pela estratégia de comprar boas empresas e mantê-las por longos períodos. Um estudo recente da XP analisou se a metodologia do “oráculo de Omaha” teria êxito no mercado brasileiro.

O resultado mostrou que, embora o ambiente local apresente mais volatilidade e riscos políticos, os princípios de Buffett — como paciência, foco em valor e reinvestimento de dividendos — podem gerar retornos consistentes no longo prazo.

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