Pular para o conteúdo principal

Essas 7 empresas gringas “pop” pagam dividendos em dólar há 30 anos ininterruptos

Nos Estados Unidos, há um grupo seleto de 67 empresas listadas no S&P 500 que, além de pagarem dividendos regularmente aos acionistas, aumentaram o valor distribuído em cada um dos anos das últimas duas décadas e meia.

Conhecidas como donas dos “dividendos aristocratas”, elas têm um crescimento anualizado médio de proventos de 8% ao ano, segundo a emissora de fundos Proshares. Além disso, costumam superar o maior índice de ações dos EUA em alguns períodos.

No acumulado de 30 dias, enquanto o S&P 500 subiu 3,43%, o S&P 500 Dividend Aristocrats (índice de referência do setor) deu um salto de 3,86%, segundo dados compilados pelo TradingView na terça-feira (27).

“Desde 1926, os dividendos contribuíram com aproximadamente 32% do retorno total do S&P 500, enquanto as valorizações de capital com 68%”, escreveu Rupert Watts, head de Gestão de Produtos de Dividendos da S&P Dow Jones índices, em relatório recente.

McDonald’s, Coca-cola e mais

As vacas leiteiras aristocráticas são de diversos segmentos, como industrial, produtos básicos de consumo, finanças, saúde, informação & tecnologia e energia. Na lista de 67 companhias, há pelo menos sete nomes conhecidos, como o McDonald’s (MCDC34) e a Coca-Cola (COCA34). Algumas aumentam os pagamentos há pelo menos 30 anos. Veja lista completa abaixo.

A empresa de fast food, que frustrou as expectativas do mercado e registrou lucro de US$ 2 bi no 2º trimestre, tem uma taxa de crescimento anualizada de proventos de 7,9% nos últimos cinco anos. O grupo aumenta os pagamentos há quase cinco décadas de forma ininterrupta.

Já a Coca-Cola (COCA34), famosinha não só por causa da bebida, mas também porque é uma ação permanence na carteira de ninguém menos que o megainvestidor Warren Buffett, aumenta o pagamento de proventos há 62 anos ininterruptos e tem um taxa anualizada de crescimento de dividendos de 3,9% nos últimos cinco anos.

A Chevron Corp (CHVX34), que também faz parte da carteira de Buffett, é outra firma “pop” da equipe super seleta. A empresa de energia, baseada em Chicago (EUA), eleva o depósito de proventos há 37 anos. Sua taxa anual de crescimento de pagamentos de dividendos nos últimos cinco anos foi de 6,5%.

7 empresas “pop” que aumentam pagamento de dividendos há pelo menos 30 anos:

Empresa Crescimento de dividendos em 5 anos (anualizado) Anos de aumentos de dividendos
McDonald’s (MCDC34) 7,6% 49
Pepsico (PEPB34) 7,2% 52
Chevron Corp (CHVX34) 6,5% 37
Caterpillar (CATP34) 6,5% 31
Procter & Gamble (PGCO34) 6,2% 68
Johnson & Johnson (JNJB34) 5,5% 62
Coca-Cola (COCA34) 3,9% 62
Fonte: S&P 500 e Sure Dividend
Data de corte: 23/08/2024

Vantagens e riscos

Montar uma carteira de dividendos em dólar oferece diversos benefícios, segundo especialistas, como ter renda em moeda forte, ficar exposto a empresas consolidadas e conseguir fazer a diversificação geográfica dos investimentos.

Por outro lado, também há riscos, como a volatilidade cambial e ventos macroeconômicos e regulatórios específicos dos Estados Unidos, como mudanças nas políticas fiscais e monetárias, que podem impactar o valor dos dividendos quando convertidos para reais.

Como montar carteira de dividendos

Há duas formas principais de investir no grupo seleto de dividendos. A primeira é via carteira com ações. Nesse caso, é preciso abrir uma conta em uma corretora internacional e adquirir os papéis. Outra forma é comprar um ETF (fundo de índice) que acompanha o S&P 500 Dividend Aristocrats. O principal deles é o ProShares S&P 500 Dividend Aristocrats, cujo ticker é NOBL.

The post Essas 7 empresas gringas “pop” pagam dividendos em dólar há 30 anos ininterruptos appeared first on InfoMoney.



source https://www.infomoney.com.br/onde-investir/essas-7-empresas-gringas-pop-pagam-dividendos-em-dolar-ha-30-anos-ininterruptos/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Após fim do EMBI+, novo indicador desponta como alternativa para medir risco

Qual o melhor termômetro para medir a volatilidade e os riscos de investir no Brasil (e em outros países)? Um bom caminho usado até meados do mês de 2024 era o Embi+, calculado pelo JPMorgan. Esta era a sigla para Emerging Markets Bond Index Plus, que significa Índice de Títulos de Mercados Emergentes Mais, basicamente medindo o desempenho de títulos públicos de economias emergentes. O índice auxiliava os investidores na compreensão do risco de investir em determinado país. Quanto mais alto fosse, maior seria o risco. A unidade de medida usada era ponto-base, trazendo a diferença entre a taxa de retorno dos títulos de países emergentes e a oferecida por títulos emitidos pelo Tesouro americano. A diferença constituía o spread, sendo essencialmente o Country Risk Premium, ou o Prêmio de Risco País. Contudo, o índice foi descontinuado em julho de 2024, fazendo com que o mercado perdesse uma boa referência sobre investimentos nos países emergentes. Uma alternativa a ser pensada num pr...

Dow Jones Futuro cai com temor de recessão e expectativa por decisão de juros nos EUA

Dow Jones Futuro recua com temor de recessão e expectativa por decisão de juros nos EUA Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta segunda-feira (17), com investidores à espera da decisão do Federal Open Market Committee (FOMC), que se reúne nesta semana. A expectativa é de que o Federal Reserve (Fed) mantenha a taxa de juros no intervalo atual, entre 4,25% e 4,50%. No entanto, o mercado já precifica um possível início do ciclo de cortes a partir da reunião de 18 de junho. Segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group, há uma probabilidade de 57,7% para um corte de 25 pontos-base nessa data, com projeção de pelo menos mais um ajuste da mesma magnitude até o fim do ano. Também pesa sobre o mercado o comentário feito pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent , no domingo sobre não haver “nenhuma garantia” de que a maior economia do mundo evitará a recessão, apenas uma semana após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter se recusado a descartar uma possibilidade. Estados Un...

Nova tabela progressiva do IR atualiza faixa de isenção da PLR; veja o que muda

Com a atualização da base da tabela progressiva para o Imposto de Renda, a Receita Federal também ajustou a tributação para quem ganha a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) das empresas. Em fevereiro, o governo federal aumentou a primeira faixa da tabela progressiva do IR para o ano que vem, que subiu dos atuais R$ 2.640 para R$ 2.824 — o dobro do salário-mínimo em vigor em 2024 (R$ 1.412). Depois, através de uma instrução normativa, atualizou também a primeira faixa da tabela para PLRs. A mudança está válida desde fevereiro deste ano e passa a impactar os valores informados na declaração de IR 2025. A PLR é um valor pago de “bônus” aos profissionais e fica retida na fonte, ou seja, é tributada antes de cair na conta do beneficiado. A faixa de isenção atual da PLR é de R$ 7.404,11 e passará a ser de R$ 7.640,80. As outras faixas de tributação permanecem iguais. Veja a tabela válida para o IR 2025: Valor do PLR anual (em R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do impos...