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Metade dos executivos C-Level brasileiros está fora do Linkedin, diz FGV/EAESP

Grande parte dos líderes brasileiros de empresas ainda desconsidera a relevância da rede social focada no mundo corporativo, LinkedIn. É o que mostra um estudo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EAESP), que descobriu que 45% dos CEOs estão distantes da rede social, seja pela ausência de perfil ou de postagens.

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Somente 5% dos CEOs analisados são altamente ativos no LinkedIn, com mais de 75 postagens anuais. O restante da amostra é composto por executivos com atuação esporádica: têm alguma presença nas redes sociais, mas de forma pontual (até 74 postagens no total por ano).

Os dados não combinam com a visão do mercado sobre a presença de líderes no LinkedIn. Uma pesquisa da HootSuite mostra que três em cada quatro consumidores afirmam que a atuação do CEO nas redes sociais torna uma marca mais confiável, e as organizações cujos líderes são ativos nas redes sociais são percebidas 23% mais positivamente do que aquelas com CEOs inativos.

“É um dado preocupante, pois a presença ativa e estratégica nas mídias digitais do principal executivo das empresas pode trazer benefícios concretos tanto para a marca quanto para o líder. Pesquisas estimam que a reputação do CEO é responsável por metade do valor de mercado das empresas. Assim, a imagem do executivo principal e da empresa se confundem. A presença em uma rede como o LinkedIn ajuda na reputação e pode trazer ganhos financeiros”, afirma Lilian Carvalho, coordenadora do Centro de Estudos em Marketing Digital da FGV/EAESP e uma das autoras da pesquisa.

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Ela lembra que, do ponto de vista da empresa, a interação do principal líder nas redes pode reforçar o posicionamento estratégico e os valores organizacionais, reunindo diferentes stakeholders em torno de um objetivo comum. Já para o CEO, isso aumenta a probabilidade de ser visto como um líder que se importa com seus stakeholders, fortalece a marca pessoal e aumenta a visibilidade no mercado.

O levantamento da FGV considera a presença de perfil, número de seguidores, frequência de postagem e engajamento. Os dados do Brasil estão em linha com os de outros países. Nos Estados Unidos, estudos evidenciam que aproximadamente 50% dos CEOs não têm perfil no LinkedIn. Na Ásia, Austrália e Nova Zelândia, são encontrados patamares similares.

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