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Trader diz que costuma “narrar” suas operações para trabalhar o lado racional

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Com 45 anos, Henrique Belmonte conheceu o mercado financeiro em 2017. Depois de mais de duas décadas trabalhando com carteira assinada, saiu da empresa em que atuava para focar 100% no trade.

“Fazia (operação no mercado financeiro) antes como renda extra. Isso não era nem de longe minha principal fonte de renda”, conta. “Mas a análise técnica me fascinou”, afirma ele, que participou do programa Arte do Trade, no canal GainCast.

Tempo de tela é importante

Belmonte conta que sempre gostou de investimentos e que isso foi também um impulso para virar trader. “O day trade chegou para ser mais uma forma de diversificar aquilo que já faço (de investimento)”, ressalta.

“Quanto mais tempo de tela se tem, mais se vai entendendo. Tem coisas que levam tempo, não adianta querer aprender rápido algo que se leva dois, três anos para enxergar”, diz.

Ele lembra que quando começou a realizar cursos em 2018 de trade, não era nem de longe o melhor estudante. “Nesse tempo cometi vários erros”, recorda.

Mas depois conseguiu melhorar ao participar de mentorias e seguir com resiliência. 

Trabalhando o racional

O trader diz que tem uma fórmula para se manter concentrado e principalmente focado no lado racional de suas ações no mercado financeiro quando está operando com minicontratos futuros.

“Sugiro sempre, quando está se fazendo trade, narrar ele. Quando está se narrando, está trabalhando a parte do cérebro mais racional e tentando diminuir um pouco a carga emocional.”

“A carga emocional é quando bate a ansiedade, eu vou clicar, o gráfico está se mexendo, está subindo, e bate o medo de ficar fora, entra atrasado (na operação)”, exemplifica.

“Quando se exercita a racionalização do que se vai fazer, se diminui a carga emocional e reforça aquilo se aprendeu”, diz ele, ressaltando a importância de manter o seu operacional na hora de conduzir o trade.

Leandro Ross: Depois de 62 pregões positivos, perdi tudo que ganhei em um dia

Conheça a história também de Alison Correia no trade, que chegou a fazer R$ 1 milhão.

Apoio da família

Outro aspecto importante é o apoio da família. “É fundamental”, diz. “Saí do mercado corporativo, sou muito grato do que aprendi, cresci, desenvolvi, mas vou seguir essa carreira no trade. Se não tiver o apoio da pessoa que está de seu lado, a gente vai se sentir sempre na corda bamba. Então, alguém que te apoia é importante”, explica.

A mulher de Henrique Belmonte chegou a fazer trade na época da pandemia e tem algum conhecimento de operação. Ela costuma, inclusive, ajudá-lo nas análises técnicas.

Segundo o trader, isso foi importante para que não se perdesse no emocional e enxergasse suas ações além do que conseguia ver no momento de tensão no trade.

Ele diz que costuma abrir uma sala virtual na internet só com a sua esposa, para narrar a operação, como se estivesse dando curso, que habitualmente faz, para outras pessoas. O objetivo é não perder o foco no racional.

“Quando estou operando, não é o meu dinheiro, mas da família. Prestar contas no gain (ganho) e no loss (perda) é preciso”, afirma.

“O gain vai ser sempre motivo de comemoração, mas o loss é a hora que a gente para e pensa. O loss acontece. Mas tem que estar dentro do seu operacional, se não vai sofrer”, destaca.

Confira ainda:

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