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Azeite pode ficar mais barato neste ano; entenda motivo para a redução de preços

azeite de oliva

O preço do azeite de oliva tem pesado no bolso dos brasileiros. Desde outubro de 2023, o produto está cerca de 50% mais caro nas prateleiras. A queda na produção e o aumento no consumo explicam a elevação dos preços. No Brasil, as vendas de azeite subiram mais de 150% nos últimos 15 anos. A boa notícia é que a expectativa é que os preços comecem a cair a partir deste ano – a estimativa é de que os preços recuem até 20%.

A mudança climática é a responsável pelo encarecimento dos preços do azeite e, como 99% do azeite consumido por aqui vem do exterior, principalmente de países europeus, como Espanha e Portugal, a quebra de safra por lá reflete diretamente por aqui.

Rogério Jorge, pesquisador da Embrapa, explica que depois de duas safras na Europa afetadas pela seca na Europa, a safra que começou a ser colhida no início de outubro já está com valores menores.

“A gente chegou a trabalhar com preço na Espanha, na origem, com valores de 8,95 euros. Nesta safra agora eles começaram a colher no início de outubro queda desse valor”, diz o especialista, que comenta que nas últimas semanas tem ficado em torno de 3,50 euros, o quilo, valor próximo ao que que era praticado há dois anos, entre 2021/2022, antes desse período de seca.

“Então, já tem o direcionamento de preço menor, claro, não dá para dizer que essa queda vai ser refletida no preço do produto final aqui para o consumidor porque nesse momento ainda estão em período de safra, de colheita, e o mercado nesse momento oscila um pouco”, diz ao reforçar que, apesar de este não ser o preço final, já dá um direcionamento que os valores devem se normalizar aos patamares dos últimos anos anterior a esse período de seca.

Livre comércio

Apesar da expectativa de uma boa produção, Jorge que destaca que o acordo livre comércio que foi firmado entre Mercosul e União Europeia pode ter impacto nas importações brasileiras.

“Tem alguns produtos agropecuários que vão ser beneficiados para o exportador de lá e o azeite é um deles, vinhos, produtos lácteos, vão ser produtos que serão beneficiados com essa diferença de tarifa que se concretize isso, isso também vai afetar o mercado, se não a curto, mas a médio e longo prazo vai afetar”, diz.

Depois de duas décadas de negociações, no início deste mês, líderes do Mercosul e da União Europeia anunciaram a conclusão das negociações do acordo de parceria entre o Mercosul e a União Europeia.

O acordo integrará os maiores blocos econômicos, que juntos reúnem cerca de 718 milhões de pessoas e PIB (Produto Interno Bruto) de aproximadamente US$ 22 trilhões.

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