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Por que fazer um check-up no final do ano é essencial à saúde?

Check-up médico

É muito comum ouvir a frase “prevenir é melhor que remediar” para diversas situações, mas quando se trata de exames de rotina e check-ups, essa frase se torna muito mais séria. 

O final de ano tende a ser uma época importante para avaliar a saúde, encontrar potenciais problemas ou identificar fatores de risco para doenças.

Com as festas e as mudanças na rotina, muitas pessoas deixam de lado a atenção à saúde, mas esse período pode ser ideal para prevenir doenças e adotar hábitos mais saudáveis.

Além de identificar condições assintomáticas, como hipertensão e colesterol elevado, o check-up pode ser o ponto de partida para mudanças significativas na qualidade de vida. 

De acordo com Humberto Bogossian, clínico geral do Hospital Israelita Albert Einstein, o check-up também é importante por ser guiado pela história do paciente. 

“Inicialmente, ele deve incluir exame físico e exames laboratoriais básicos”, disse. “Em seguida, para avaliar a saúde cardiovascular, podem ser realizados ultrassom de abdômen ou imagens torácicas, se necessário”.

Por que fazer um check-up no final do ano?

O check-up é uma forma de avaliação global da saúde, essencial para identificar possíveis problemas antes que se tornem graves. 

Bogossian reforça que as doenças assintomáticas são o maior risco. “Uma boa parte das doenças não dão sintomas, tirando aquelas de início súbito que levam o paciente a procurar o médico pela própria doença”, afirma. 

“Há doenças que você só vai diagnosticar e conseguir fazer o tratamento precoce se você procurar o médico e fizer o exame de rotina”

Já Ney Valente, médico diretor do serviço de cardiologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), ressalta que o período do final do ano é oportuno por conta da pausa nas atividades e das possíveis mudanças na rotina, principalmente aquelas relacionadas à saúde do coração.

“É importante controlar a ingestão de gordura e do álcool. O risco de alterações cardíacas nas festas de final de ano está relacionado à ingestão de álcool, que pode levar a arritmias cardíacas e frequência cardíaca elevada.”

Quais exames devem ser feitos?

A escolha dos exames varia conforme idade, sexo e fatores de risco do paciente. Bogossian afirma que a coleta de histórico e o exame físico são indispensáveis. 

“É muito importante conversar adequadamente com o paciente e realizar um bom exame físico. Não se trata apenas de pensar nos exames; é sempre essencial examinar o paciente”, explica.

“No exame físico adequado, já é possível fazer diagnósticos, como, por exemplo, hipertensão ao medir a pressão arterial, identificar um sopro cardíaco ao auscultar o coração, alterações na ausculta pulmonar ou apalpar o abdômen. O exame físico é fundamental. ”

O clínico cita alguns exames laboratoriais indispensáveis, como hemograma, glicemia, dosagem de colesterol, função renal, enzimas hepáticas. Ele ainda destaca que é necessário fazer o check-up específico de cada gênero, como mamografia e papanicolau para mulheres e exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) para homens.

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O papel do cardiologista no check-up

A parte cardiovascular é outro aspecto significativo quando se trata de um check-up de final de ano. “O check-up precisa ter uma avaliação minuciosa do cardiologista, avaliando riscos do paciente [diabetes, colesterol] e os antecedentes para poder solicitar os exames necessários”, disse Valente.

Ele recomenda a avaliação cardiológica para pessoas acima dos 40 anos ou com histórico familiar. 

Valente destaca exames específicos para o coração: “Os exames são: eletrocardiograma, teste ergométrico, cintilografia miocárdica, eco transtorácico, ecoestresse e a angiotomografia das coronárias”.

O cardiologista listou os principais fatores de risco cardiovascular que devem ser monitorados durante o check-up:

  • Colesterol aumentado (especialmente LDL);
  • Hipertensão arterial;
  • Tabagismo;
  • Diabetes;
  • Estresse;
  • Obesidade;

Ele alerta que algumas condições podem ser assintomáticas, como a hipertensão. “É uma doença silenciosa e algumas pessoas chegam a desenvolver importante lesão renal [insuficiência renal] sem ter apresentado nenhum sinal significativo”, explica.

Como se preparar para o check-up?

Bogossian acredita que um check-up bem feito deve abordar “tudo que for possível”, indo do mais básico para conhecer o paciente e o histórico dele, até sobre suas práticas físicas, hábitos alimentares, se ele fuma ou consome bebidas alcoólicas, etc.

“O objetivo do check-up não é apenas diagnosticar doenças, mas promover uma melhora geral na qualidade de vida, estimulando a prática de atividades físicas e hábitos saudáveis. Se necessário, novas consultas podem ser marcadas para conhecer melhor o paciente e oferecer a melhor orientação.”

O clínico também chama atenção para o aspecto emocional durante o check-up, já que em sua visão, ele precisa abranger não só doenças, mas também qualidade de vida. Ele também destaca a saúde mental e outros aspectos como a rotina de sono, estresse e equilíbrio entre trabalho e lazer, que podem fazer diferença na hora dos exames. 

Além de detectar doenças precocemente, o check-up oferece a oportunidade de melhorar a qualidade de vida. “Se você faz o diagnóstico antes de ter manifestações mais graves e começa a tratar, você pode prevenir a apresentação delas”, explica Bogossian.

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