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Dow Jones Futuro cai após Trump anunciar tarifas mais altas sobre alguns países

Os índices futuros de Nova York operam mistos nesta terça-feira (8), à medida que o temor inicial com as novas tarifas anunciadas por Donald Trump dá lugar à expectativa de um acordo.

Investidores apostam em um desfecho negociado, num padrão já familiar: o presidente dos EUA eleva a pressão nas primeiras declarações, mas costuma abrir espaço para recuos táticos. Desta vez, Trump indicou estar aberto ao diálogo e postergou a entrada em vigor das tarifas até pelo menos 1º de agosto — gesto interpretado como sinal de que as medidas poderão ser suavizadas.

Na segunda-feira, as ações caíram quando Trump publicou no Truth Social cartas endereçadas aos líderes de 14 países ameaçando tarifas de 25% a 40% a partir de 1º de agosto. Os principais parceiros comerciais dos EUA, Japão e Coreia do Sul, estavam entre o grupo, assim como Malásia, África do Sul e Indonésia.

Estados Unidos

O presidente americano ameaçou impor uma tarifa adicional de 10% aos países que, segundo ele, se alinham com as “políticas antiamericanas” dos BRICS — grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia e China. Ainda assim, investidores seguem confiantes de que o pior das medidas comerciais já ficou para trás. A aposta é que a próxima temporada de balanços possa ser o impulso necessário para levar o S&P 500 a novas máximas históricas.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

  • Dow Jones Futuro: -0,07%
  • S&P 500 Futuro: +0,10%
  • Nasdaq Futuro: +0,27% 

Ásia-Pacífico

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta, enquanto os investidores avaliavam as últimas ameaças tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, a 14 parceiros comerciais.

Produtos exportados para os EUA do Japão, Coreia do Sul, Malásia, Cazaquistão e Tunísia agora enfrentarão tarifas de 25% a partir de 1º de agosto, de acordo com as cartas publicadas por Trump no Truth Social.

Outros mercados da Ásia-Pacífico que enfrentarão tarifas mais altas incluem a Indonésia, que será atingida com uma taxa de 32%, Bangladesh, que recebeu uma taxa de 35%, bem como Camboja e Tailândia, que terão tarifas de 36%, indicaram as cartas do presidente.

  • Shanghai SE (China), +0,70%
  • Nikkei (Japão): +0,26%
  • Hang Seng Index (Hong Kong): +1,09%
  • Kospi (Coreia do Sul): +1,81%
  • ASX 200 (Austrália): +0,02%

Europa

Os mercados europeus operam sem direção definida nesta terça-feira, enquanto investidores acompanham de perto as negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos em busca de um acordo-quadro. Segundo apuração da CNBC, um diplomata europeu afirmou que o bloco não deve receber nesta terça uma carta oficial da Casa Branca com um novo cronograma para tarifas mais altas. A ausência do documento abre margem para que as conversas avancem ao longo da semana.

  • STOXX 600: -0,09%
  • DAX (Alemanha): +0,15%
  • FTSE 100 (Reino Unido): +0,01%
  • CAC 40 (França): -0,12%
  • FTSE MIB (Itália): 0,00% 

Commodities

Os preços do petróleo recuam após subirem quase 2% na sessão anterior, enquanto os investidores avaliavam novos desenvolvimentos nas tarifas dos EUA e um aumento de produção da OPEP+ maior do que o esperado para agosto.

As cotações do minério de ferro na China sobem em meio à incerteza da China e à turbulência tarifária dos EUA.

  • Petróleo WTI, -0,69%, a US$ 67,46 o barril
  • Petróleo Brent, -0,46%, a US$ 69,26 o barril
  • Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,14%, a 733 iuanes (US$ 102,16)

Bitcoin

  • Bitcoin (BTC), +0,28% a US$ 108.470,47 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

(Com Reuters e Bloomberg)

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