
Há 3 meses, o Rio Grande do Sul tem um endereço na região da Avenida Faria Lima, em São Paulo. Lá, foi inaugurada uma sede local da Invest RS, agência gaúcha que busca fortalecer os laços do estado com investidores, empresas e entidades e que já colhe frutos importantes (e superlativos) deste trabalho. Nesta segunda-feira (20), a agência anunciou a marca de R$ 7 bilhões em investimentos em 50 oportunidades de 43 empresas e organizações.
“Atribuímos esses anúncios, na verdade, a anos de trabalho. A novidade, agora, é que estamos em outro nível de ‘empacotamento’ das ações. Agora, o Rio Grande do Sul tem uma ‘área comercial’, onde reunimos todas as informações para impulsionar os negócios”, afirma Eduardo Lorea, vice-presidente da Invest RS.
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Entre os anúncios, está um projeto do Grupo Tellescom, que prevê a instalação de fábrica de encapsulamento de semicondutores com investimento inicial estimado em cerca de R$ 1 bilhão, com previsão de primeira fábrica até 2027 e aportes seguintes previstos paras 2028 e 2029. “O Brasil quer avançar na indústria de chips. Hoje, existem nove no país e quatro delas estão no RS. O maior gargalo para expandir as operações é a mão de obra especializada. Por isso, temos um programa de formação de engenheiros especializados em semicondutores. Isso mostra como o investimento em educação atrai investimentos”, afirma Lorea.
Outro grande investimento anunciado, da ordem de R$ 3 bilhões, é na ‘cidade de datacenters’: o primeiro distrito industrial de data centers do país, em Eldorado do Sul. “Além do estado ter uma grande disponibilidade energética, o estado tem a vantagem de uma temperatura média anual mais baixa que outras regiões do país”, explica Lorea.
Formação de ecossistema
Com pouco mais de 1470 startups no estado, foram mapeados mais de 15 mil m² disponíveis para instalação de startups e empresas em 11 parques científicos e tecnológicos gaúchos, com valores de locação entre R$ 13 e R$ 90/m². Segundo a entidade, essa consolidação de dados de infraestrutura e condições de ocupação indicam a robustez do ambiente para atração de investimentos e novos negócios.
Outro anúncio incluiu o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que busca um novo ciclo de aportes de até R$ 50 milhões em quatro Fundos de Investimento em Participações (FIPs), previstos para 2025 e 2026. A proposta deve priorizar gestoras com experiência em inovação e foco na Região Sul.
“A Invest RS quer dobrar o crescimento médio do PIB do Rio Grande do Sul nos próximos dez anos. Um dos desafios do crescimento econômico do Brasil é o aumento da produtividade. O RS tem uma indústria super tradicional como Tramontina, Randon, Gerdau: empresas que nasceram aqui, são multinacionais e ganharam produtividade com o tempo. São muito inovadoras. Agora, precisamos que isso seja verdade também para o restante do nosso perfil industrial”, afirma Lorea.
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