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Enquanto capital esvazia, interior paulista atrai moradores e investimentos

São Paulo está no centro de um êxodo estrutural: as pessoas estão indo embora do estado. Contudo, essa debandada não é generalizada, uma vez que algumas cidades importante do interior paulista estão recebendo cada vez mais habitantes – aquecendo o mercado de incorporação no coração do estado. Pela primeira vez na história dos registros oficiais, o Estado de São Paulo registrou saldo migratório negativo entre 2017 e 2022, de acordo com o IBGE. Apesar de se manter como o principal centro migratório do país, recebendo 736 mil imigrantes, o estado perdeu 826 mil emigrantes no período. A capital, que viu sua população crescer em mais de 2 milhões de pessoas entre as décadas de 1960 e 1970 (para 5,88 milhões de habitantes), viu essa taxa de crescimento reduzir periodicamente, de alto em torno de 5% por ano para 0,2% em 2022, quando atingiu 11,45 milhões de habitantes. O resto do estado também está perdendo habitantes, mas a um ritmo menor do que a capital, indo de 3,4% em seu auge, na...

Selic em 15%, tarifaço e recorde na Bolsa marcam o ano na economia

O ano de 2025 desafiou as previsões mais pessimistas. Enquanto o cenário externo impôs barreiras inéditas ao comércio nacional — com o “tarifaço” norte-americano testando a diplomacia e o caixa das exportadoras —, a economia doméstica viveu um ano de intenso aperto monetário. O mercado de trabalho, por sua vez, se mostrou resiliente e robusto, o que pressionou a inflação. O Brasil viu o desemprego cair a níveis históricos e a renda bater recordes, obrigando o Banco Central a uma postura de “vigilância extrema” nos juros para equilibrar a euforia do consumo.  Selic em 15% e o combate à inflação O ano começou com Gabriel Galípolo à frente da presidência do Banco Central . Indicado pelo presidente Lula, Galípolo teve o desafio de construir a autoridade necessária para conduzir a política monetária. A transição trouxe um tom de continuidade técnica, e Galípolo manteve o compromisso com a meta da inflação. A Selic chegou em 15% em junho e, desde então, não cedeu. Foi um ano de ju...

Estudo: Setor financeiro é o maior pagador de impostos do país e cresce mais que PIB

O setor financeiro é o que mais paga impostos federais no Brasil desde pelo menos 2011, indica estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin) divulgado neste domingo, 14. Com base em dados de arrecadação da Receita Federal, a pesquisa concluiu que, entre 2016 e 2021, a indústria financeira pagou, em tributos, cerca de 10 pontos porcentuais a mais do que a sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) sugeriria. O Brasil enfrenta uma carga tributária superior à registrada em 75% dos países, em níveis semelhantes aos de economias desenvolvidas, de acordo com o material da Fin. Ao mesmo, tempo, 4,5% do PIB são gastos com redução de impostos para atividades escolhidas. “Consequentemente, enquanto as empresas no Brasil pagam um elevado volume de impostos, algumas atividades pagam muito mais do que outras”, dizem os pesquisadores. Os números foram revelados em um contexto de disputas de narrativa entre fintechs e bancos sobre quem enfrenta a tributação mais alta. No...

Mídia internacional cita revés para Bolsonaro na retirada de Moraes da Magnitsky

A notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes da lista da Lei Magnitsky repercutiu também na mídia internacional. Os jornais destacam a relação de Moraes com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a pressão do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelas restrições e a melhora recente na relação entre Trump e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O americano The New York Times lembrou que a “a Lei Magnitsky é uma lei raramente usada” a estrangeiros acusados de graves violações dos direitos humanos ou corrupção e que a sanção a Moraes veio no contexto do julgamento de Bolsonaro, tal como o aumento de tarifas a produtos brasileiros. Leia também: Lei Magnitsky: entenda o que é, como funciona e quais os seus impactos O jornal também citou a atuação de Moraes: “O ministro Moraes tem combatido agressivamente as ameaças que percebe como sendo à democracia no Brasil, embora algumas...

Após Trump declarar cessar-fogo, Tailândia diz que continua luta contra Camboja

BANGCOC, 13 Dez (Reuters) – O primeiro-ministro interino da Tailândia, Anutin Charnvirakul, prometeu neste sábado continuar lutando na fronteira disputada com o Camboja, enquanto caças atacavam alvos horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito que havia mediado um novo cessar-fogo. A Tailândia ‘continuará realizando ações militares até que não sintamos mais danos nem ameaças à nossa terra e ao nosso povo’, afirmou Anutin. Trump, que mediou um cessar-fogo na longa disputa de fronteira em outubro, conversou com Anutin e o primeiro-ministro cambojano Hun Manet na sexta-feira e disse que eles concordaram em ‘cessar todos os disparos’. Nenhum dos dois mencionou qualquer acordo em declarações após suas ligações com Trump, e Anutin afirmou que não houve cessar-fogo. ‘Quero deixar claro. Nossas ações desta manhã já falaram por si’, publicou Anutin no Facebook. A Casa Branca não respondeu ao pedido de comentários sobre a continuidade dos confrontos. Leia também...

“Burnout financeiro”: dívidas e custo de vida levam brasileiros ao esgotamento

A sensação de estar sempre correndo atrás das contas, de nunca ter dinheiro suficiente e de viver permanentemente preocupado com o futuro tem deixado mais do que o bolso dos brasileiros no limite: afeta também a saúde mental. O burnout financeiro é definido como o esgotamento emocional e físico causado pelo acúmulo de preocupações com dinheiro, trabalho e obrigações financeiras. O fenômeno ganha força em um cenário de aumento do custo de vida, salários defasados e endividamento elevado. Nos últimos anos, mesmo com indicadores de inflação mais controlados, a percepção de aperto no orçamento tem aumentado, especialmente entre trabalhadores com renda mais baixa.  No entanto, para grande parte da população, o salário não acompanha o avanço dos preços , criando um ciclo contínuo de preocupação, frustração e exaustão — sintomas típicos do burnout. Salário mínimo cobre somente 20% do custo real de vida no Brasil O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ...

A divisão 60/40 ainda é a melhor para montar sua carteira de investimentos? 

Não é preciso entender de economia para conhecer a frase “não existe almoço grátis”, amplamente usada por quem fala de dinheiro e investimentos. No entanto, um vencedor do Prêmio Nobel de Economia já desafiou o dito popular ao afirmar que a diversificação é o único almoço grátis no universo dos investimentos.  Na década de 1950, quando a seleção de ativos ainda era amadora, Harry Markowitz criou a Teoria Moderna do Portfólio e revolucionou a maneira de planejar os investimentos. Sua obra influenciou o mercado global e gerou a divisão 60/40 (60% em ações e 40% em renda fixa), famosa até hoje.  Leia também: XP vê Bolsa forte em 2026 com corte de juros de Brasil e EUA; veja ações preferidas No entanto, o mundo mudou após a pandemia de Covid-19: países desenvolvidos agora convivem com taxas de juros mais altas e inflação persistente. A correlação entre renda fixa e ações mudou e a divisão 60/40 teve seu pior desempenho na história em 2022. O InfoMoney conversou com três es...